MPL-SP

Junho de 2013 e os Limites do Autonomismo

Autores

  • Diego Marques

Resumo

O objetivo deste texto é realizar a crítica teórica do Movimento Passe Livre. A crítica prática já aconteceu, e resta agora expressar por meio das ideias o movimento real que gerou a série de derrotas políticas na história do MPL, enfatizando aqui a organização radicada na cidade de São Paulo. Nossa crítica terá um ponto de partida, ou melhor, uma determinada perspectiva de análise. Partiremos da constatação de que a história de luta do movimento operário revolucionário imprime novos termos para análise da realidade social no capitalismo. A exemplo de várias ideias (comunismo, autogestão, emancipação, igualdade, etc.), a palavra autonomia foi ressignificada, o que ocorreu ao longo das lutas revolucionárias do proletariado, daí que partindo da concepção de autonomia surgida da luta revolucionária podemos realizar a crítica teórica e revolucionária que expresse o movimento real de derrotas do embrião de lutas espontâneas e autônomas que estiveram na origem do MPL e que não tiveram força social o suficiente durante os acontecimentos da chamada Jornada de Junho de 2013. A ênfase da análise aqui recairá sobre o MPL-SP, mas tal avaliação pode ser estendida para a organização nos demais estados do Brasil.

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Publicado

08-07-2022

Como Citar

Marques, D. (2022). MPL-SP: Junho de 2013 e os Limites do Autonomismo. Revista Enfrentamento, 14(24). Recuperado de http://redelp.net/index.php/renf/article/view/493