Revista Enfrentamento https://redelp.net/index.php/renf <p>A Revista Enfrentamento é uma publicação do Movimento Autogestionário – MOVAUT. Seu conteúdo está vinculado à perspectiva autogestionária. A Revista Enfrentamento visa contribuir com a transformação revolucionária da sociedade capitalista. É parte da luta do proletariado como classe autodeterminada (ou seja, quando esta luta em defesa de seus interesses de classe) sendo, portanto, uma de suas expressões teóricas e políticas do movimento desta classe. Os textos publicados são de responsabilidade de seus autores. Contudo, o Conselho Editorial da Revista Enfrentamento e o Movimento Autogestionário reservam-se ao direito de só publicar os artigos que expressem claramente os pontos de vista políticos e teóricos do Movimento Autogestionário.</p> pt-BR Revista Enfrentamento Ser ou Não Ser Revolucionário https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1458 Conselho Editorial Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 5 8 Marx e Engels: Grandezas e Limites do Marxismo Original https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1459 <p><span class="fontstyle0">O termo marxismo original se refere ao conjunto de ideias produzidas Karl Marx e Friedrich Engels no século 19. A obra destes dois pensadores foi um marco no pensamento denominado “ocidental”. Eles marcaram uma ruptura com o pensamento burguês surgindo no interior deste mesmo pensamento como sua negação, opondo à ideologia dominante a concepção revolucionária do proletariado de forma crítica e radical, bem como num todo coerente e unitário. </span><span class="fontstyle0">Assim, o marxismo original abriu amplas perspectivas intelectuais ao proletariado e aos intelectuais dedicados à luta operária. As grandezas do marxismo original são por demais conhecidas e até mesmo alguns de seus mais ferrenhos adversários reconhecem alguns de seus aspectos.</span> </p> Marcus Gomes Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 9 16 Crítica à Moral Subjetivista https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1460 <p><span class="fontstyle0">Uma das questões mais importantes nas lutas políticas contemporâneas é a questão do moralismo. A moral sempre foi importante nos embates políticos e sempre foi uma arma utilizada pelos conservadores de todas as espécies. Porém, a questão da moral (e do moralismo) ganhou nova dimensão nos últimos tempos, não só pelo seu uso intensivo pelos conservantistas, mas igualmente pelo seu uso cada vez mais intenso também pelos progressistas e sua generalização no capitalismo contemporâneo. Nesse sentido, é de suma importância entender o que significa os termos moral e moralismo, bem como entender esse processo de intensificação da moralização da sociedade e, mais ainda, o significado da atual forma de moralismo subjetivista que tomou conta do capitalismo contemporâneo. </span> </p> Nildo Viana Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 17 36 O Neocolonialismo Intelectual e a Dominação Capitalista na Era da Acumulação Integral https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1465 <p><span class="fontstyle0">Após décadas de implementação de políticas neocolonialistas e de cooptação de estudantes e de setores da intelectualidade progressista, a Fundação Ford e seus asseclas conseguiram implantar o “capitalismo negro” no Brasil. Uma ironia, é claro! </span><span class="fontstyle0">O movimento recente de defesa e criação de políticas e ações voltadas para o empreendedorismo afrodescendente reflete o resultado de longos anos de batalhas para criar por aqui aquilo que já era realidade nos EUA. A formação de um “empresariado negro” como forma de solapar qualquer contestação social acerca da característica racista do capitalismo e de abafar e negar toda e qualquer referência aos conflitos de classes, aliás, foram treinados para negar a existência de classes sociais, coloca esses novos agentes periféricos do capitalismo como a prova de que é possível construir uma alternativa de exploração do trabalho nessa sociedade. Os novos empreendedores são vistos como criadores de oportunidades, verdadeiros empreendedores sociais que contribuem para a inclusão social.</span> </p> Cleito Pereira dos Santos Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 37 42 Ernst Bloch e o Sentido da Utopia https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1462 <p><span class="fontstyle0">Ernst Bloch é o teórico da utopia, embora seja errôneo reduzir seu pensamento a isto, mas é exatamente este o fio condutor de toda a sua obra. Utopia para ele não tem o sentido vulgar de ideias irrealizáveis, sonhos ingênuos, pensamentos quixotescos. Utopia é um dado da realidade. Existe uma tendência no real que mira para o que ainda-não-veio-a-ser. O pensamento que o apreende é utopicamente constituído. </span><span class="fontstyle0">Esta é uma dimensão, já observada também por Albornoz (2006) e Bicca (1987, 1997), ontológica do pensamento de Bloch</span><span class="fontstyle0">2</span><span class="fontstyle0">. Sua ontologia funda-se exatamente neste ponto: há um dado do real que ainda-não-existe. Este ainda-não é instituinte de seu pensamento. Ele não se contenta em discutir somente o que já ocorreu ou o que está em processo. Para ele, isto que ainda está em processo tende para algo que ainda-não aconteceu. </span><span class="fontstyle0">Esta dimensão ontológica do ser (natureza, sociedade, indivíduo, pensamento etc.) é constituinte do real. O que é, é também prenhe do que ainda-não-é, ou seja, que pode vir-a-ser. Este movimento de mudança, de tendência para o novo que está presente na natureza (</span><span class="fontstyle2">natura naturans</span><span class="fontstyle0">) (BLOCH, 1984), no indivíduo, na sociedade e na produção cultural (BLOCH, 2005; 2006a; 2006b) tem também seu correlato na dimensão ética. Assim, a ontologia de Bloch desemboca numa ética, uma “ética da transformação” (ALBORNOZ, 2006).</span> </p> Lucas Maia Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 43 50 Elementos para uma Teoria do Movimento Estudantil https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1463 <p><span class="fontstyle0">A temática do movimento estudantil não é algo novo, tanto no Brasil quanto em outros países do mundo. Essa temática ganha destaque principalmente após a década de 60 do século XX e, no Brasil, a partir do contexto da ditadura militar (1964 – 1985). No entanto, não basta um tema se destacar e haver várias produções sobre ele para que haja uma produção que expresse uma perspectiva crítica fundamentada ou mesmo o uso de um método que consiga apresentar e analisar o fenômeno como um todo. Porém, não é o caso desta obra, </span><span class="fontstyle2">Sociologia e Teoria do Movimento Estudantil</span><span class="fontstyle0">. Tendo como referência teórica o materialismo histórico-dialético, Diego dos Anjos e Gabriel Teles, realizam uma discussão apontando alguns elementos para uma teoria do movimento estudantil. O nosso objetivo é destacar as principais contribuições apresentadas, bem como apontar elementos que poderiam ser melhorados ou mesmo ampliados. Nosso trajeto analítico consistiu em analisar e de apontar as características específicas de cada capítulo e, por fim, fazemos uma análise geral.</span> </p> Renan Lima Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 51 56 Apesar de Tudo! https://redelp.net/index.php/renf/article/view/1464 <p><span class="fontstyle0">Texto escrito por Karl Liebcknecht poucos dias antes de seu assassinato nas mãos da social-democracia alemã. A dramaticidade do texto revela os terríveis momentos que levaram ao final da tentativa de revolução social pelo proletariado alemão ao final da Primeira Guerra Mundial. Liebcknecht denuncia as traições da social-democracia, provocando o isolamento dos elementos revolucionários, aliando-se com a burguesia, que encontrou neste agrupamento político o instrumento para massacrar a revolução social dos trabalhadores. </span><span class="fontstyle0">O texto serve como aprendizado histórico da força do proletariado ao reconhecer nele próprio sua força transformadora, ainda que tardia, pois as ilusões com a socialdemocracia só se desfazem com o suceder dos acontecimentos. Liebcknecht nos diz que se a burguesia francesa precisou encontrar no seu próprio seio os elementos para exterminar a Revolução de Paris, a burguesia alemã encontrou na social-democracia o instrumento perfeito para semear o fim da revolução social entre elementos que se diziam adeptos da própria revolução. Por outro lado, a derrota da revolução social empurra a humanidade para o lodo histórico do nazismo e do militarismo, que crescem sob as condições de radicalização numa sociedade que quer se emancipar, mas que se vê confrontada pelos elementos conservadores e reacionários. </span><span class="fontstyle0">Importa ressaltar o otimismo militante com que Liebcknecht anuncia que existem derrotas que apontam invariavelmente para vitórias futuras, pois o aprendizado é o que se pode levar adiante naquele momento. Conscientes da importância do relato de Liebcknecht, divulgamos seu texto, na esperança de que mais iludidos reconheçam prontamente o caráter contrarrevolucionário da social-democracia. <br /></span></p> Karl Liebcknecht Copyright (c) 2023 2023-12-29 2023-12-29 18 29 57 61