A Revolução Húngara de 1956

Uma Desmistificação do Processo de Desestalinização da União Soviética

Autores

  • Marcus Vinícius Conceição Instituto Federal Goiano (IFG)

Palavras-chave:

1956, Hungria, Desestalinização, Revolução, Conselhos Operários

Resumo

O ano de 1956 é emblemático para o movimento comunista internacional, pois é nele que ocorrem dois eventos – o XX do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) e a Revolução Húngara de 1956 – que demonstram o paradoxo constante, entre a suposta liberdade e o autoritarismo, através do qual a União Soviética vive desde a Revolução de Outubro. O processo de desestalinização que ocorre no XX Congresso do PCUS parece ser o fim desse paradoxo, uma vez que a denúncia do processo repressivo que Stálin instaurou é colocada como um desvirtuamento do caráter real da URSS, mas o que se observa é que quando este processo ocorre de fato na Hungria, o posicionamento de Nikita Khrushchov é o mesmo de Stálin, reprimir a revolução. A Revolução Húngara de 1956, assim como a Revolução Russa de 1917, foi constituída a partir dos conselhos de operários e camponeses que propunham a construção de um novo tipo de socialismo que não atendesse as demandas da Rússia, mas sim as especificidades da Hungria baseadas na experiência dos trabalhadores.

Biografia do Autor

Marcus Vinícius Conceição, Instituto Federal Goiano (IFG)

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás; Professor do Instituto Federal Goiano.

Publicado

2022-07-15

Edição

Seção

Temas Limítrofes