Avanços e limites nas abordagens sociológicas sobre o movimento estudantil

um breve panorama analítico

Autores

  • Gabriel Teles Universidade Estadual de São Paulo

Palavras-chave:

Sociologia

Resumo

O movimento estudantil aparece como um movimento de grande destaque no interior das mobilizações na sociedade capitalista. Mas é a partir da década de 60 do século XX, especialmente com os acontecimentos de 1968, que suas mobilizações são alvo de sistemáticas pesquisas e reflexões no interior da esfera científica. O ano de 1968 é emblemático por ter irrompido, em várias localidades do mundo, conflitos em que um determinado grupo social teve importância fundamental: os estudantes. Dessa forma, o movimento estudantil, desde então, é analisado a partir de várias perspectivas e abordagens de análises distintas. Um dos motivos para essa variedade é que não existe uma homogeneidade acerca do que se entende por movimentos sociais, o que possibilita que diferentes autores tenham uma compreensão própria, mas pouco desenvolvida, sobre o que é o movimento estudantil.

Biografia do Autor

Gabriel Teles, Universidade Estadual de São Paulo

Doutorando em Sociologia pela Universidade Estadual de São Paulo (PPGS/USP).

Referências

AUGUSTO, Maria Helena Oliva. Retomada de um legado: Marialice Foracchi e a sociologia da juventude. Revista Tempo social. São Paulo, v. 17, n. 2, 2005. Disponível

BARCELLOS, Jalusa. Revista UNE: 60 anos a favor do Brasil. Rio de Janeiro, 1997.

BENEVIDES, Sílvio César Oliveira. Na Contramão do Poder: juventude e movimento estudantil. São Paulo: Annablume, 2006.

BRAGHINI, Katya Zuquim Braghini & CAMESKI, Andrezza Silva. “Estudantes democráticos”: a atuação do movimento estudantil de “direita” nos anos 1960. Educ. Soc., Campinas, v. 36, nº. 133, p. 945-962, out.-dez., 2015.

BRINGEL, Breno. O Futuro Anterior: continuidades e rupturas nos movimentos estudantis no Brasil. EccoS, São Paulo, v.11, n.11, p. 97-121, jan./jun., 2009.

CALDEIRA, Paula. Juventude e Participação Política: trajetórias de participação de jovens no movimento estudantil e em partidos políticos no Rio de Janeiro. 130 f. Rio de Janeiro, 2008. Dissertação de Mestrado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro.

CONCEIÇÃO, Marcus Vinícius. Reflexões sobre o Movimento Estudantil e o Maio de 1968.

In: O Movimento Estudantil em Foco. Goiânia: Edições Redelp, 2016.

FORACCHI, M. M. O estudante e a transformação da sociedade brasileira. São Paulo, Companhia Editora Nacional. 1965.

IANNI, Octávio. O Jovem Radical. In: BRITTO, Sulamita. Sociologia da Juventude. Vol 1. Rio de Janeiro: Zahar editora, 1968.

MAIA, Lucas; TELES, Gabriel. Reflexões sobre a organização estudantil. Revista Enfrentamento, ano 11, n. 19. jan/jun, p. 37-61, 2016. Disponível em: <http://redelp.net/revistas/index.php/enf/article/view/976/845>. Acesso em: 20 jul. 2018.

MARTINS FILHO, João Roberto. Movimento estudantil e Ditadura Militar - 1964-1968. Campinas: Papirus, 1987

MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista. In: Textos Vol. III, São Paulo, Edições Sociais, 1977.

MARX, Karl. Contribuição à Crítica da Economia Política. São Paulo: Expressão Popular, 2008.

MENDES Jr., Antônio. Movimento estudantil no Brasil. Brasiliense: São Paulo, 1981.

MESQUITA, Marcos Ribeiro. Identidade, Cultura e Política: os movimentos estudantis na contemporaneidade. 2006. Tese (Doutorado em Psicologia Social). PUC-SP.

PELEGRINI, Sandra de Cássia Araújo. A UNE nos anos 60: Utopias e Práticas Políticas no Brasil. Londrina: Editora UEL, 1998.

POERNER, Arthur José. O poder jovem: história da participação política dos estudantes brasileiros. Rio de Janeiro. Booklink Publicações Ltda. 2004

SÁNCHEZ, José María Aranda. El Movimiento Estudiantil y la Teoria de los Momivientos Sociales. Convergencia, núm. 21, jan/abr., 2000.

SANFELICE, José Luíz. Movimento estudantil: a UNE na resistência ao golpe de 64. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1986.

SIERRA, Sebastián. Masas críticas y redes socialies: una explicación microestructural del surgimiento de cuatro movimentos estudantiles en la UNAM (1986-2000). In: MARSISKE, Renate. Movimientos estudiantiles en la historia de América Latina IV. UNAM, Instituto de

Investigaciones sobre la Universidad y la Educación: México, 2015.

TARROW, Sidney. O Poder em Movimento. Movimentos Sociais e Confronto Político. Petrópolis: Vozes, 2009.

TAVARES, Marina Rebelo. Juventude ou Classe Social? O Debate Teórico Acerca do movimento estudantil. Monografia (Conclusão de curso) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

TELES, Gabriel. A UNE e sua dinâmica relacional com o Governo Lula (2003-2011). Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2019.

TELES, Gabriel & FERREIRA, Aline. Elementos Críticos à Abordagem do Processo Político nas Análises dos Movimentos Sociais. No Prelo.

TILLY, Charles. From Mobilization to Revoluion. Londres, Addison-Wesley Publishing Company, 1978.

VIANA, Nildo. Movimento Estudantil, Dualidade Reivindicatória e Entrelaçamento Reivindicativo. In: O Movimento Estudantil em Foco. Goiânia, Edições Redelp, 2016.

VIANA, Nildo. Abordagens Sociológicas dos Movimentos Sociais. In Revista Movimentos Sociais, Vol. 2, Nº 3, 2017.

Publicado

06/15/2019

Como Citar

TELES, G. Avanços e limites nas abordagens sociológicas sobre o movimento estudantil: um breve panorama analítico. Revista Espaço Livre, [S. l.], v. 14, n. 27, p. 73–93, 2019. Disponível em: http://redelp.net/index.php/rel/article/view/188. Acesso em: 27 jul. 2024.