Hegemonias em Disputa ea Nicarágua

da Revolução Sandinista à implantação do neoliberalismo

Autores

  • Nicolle Montalvão Pereira UEM - Universidade Estadual de Maringá
  • Meire Mathias UEM - Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Política Internacional, Transformismo, Nicarágua

Resumo

Situada na América Central, a Nicarágua foi objeto de disputas devido sua localização estratégica e recursos naturais. Os Estados Unidos da América, principal interessado em manter seu "quintal" sob controle, foi autor de inúmeras invasões até que, com o estabelecimento da Guarda Nacional e com os Somoza no poder, o país norte-americano estabeleceu sua preponderância na relação entre tais nações. Não obstante, toda a violência dos anos de 1940 não impediu que classes subalternas se organizassem numa frente de caráter popular capaz de promover um grande processo de transformação social, político e cultural: a Revolução Sandinista de 1979. Porém, a construção de uma nova Nicarágua não se consolidou, sucumbindo em 1990 com a vitória da liberal Violeta Chamorro nas eleições à presidência. Assim, há de se considerar todo o contexto político externo da Guerra fria, da influência                         contrarrevolucionária dos EUA e da relação militar e econômica com Cuba e URSS, portanto, se trata de reducionismo afirmar que a derrota do processo revolucionário se deve somente aos erros cometidos pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN). Todavia, tais equívocos são também resultado de uma mudança na essência da própria Frente Sandinista. Neste sentido, o conceito gramsciano de transformismo e suas variantes torna possível a análise dessa mudança essencial, isto é, do caráter transformista adquirido pela FSLN, que propiciou a decadência do processo revolucionário e as condições necessárias para o reestabelecimento da hegemonia burguesa na Nicarágua.

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Publicado

2022-12-15

Como Citar

Montalvão Pereira, N., & Mathias, M. (2022). Hegemonias em Disputa ea Nicarágua: da Revolução Sandinista à implantação do neoliberalismo. Revista Despierta, 4(04), 03–18. Recuperado de https://redelp.net/index.php/rd/article/view/1127