“A Dor de Nosso Tempo é O Caminho”: Protesto e Participação na Canção de Edu Lobo (1963-1966)

Autores

  • Rodrigo Czajka

Palavras-chave:

Canção de Protesto; Engajamento; Indústria Cultural; Resistência; Ditadura Militar.

Resumo

É de conhecimento amplo a importância que possui o cancioneiro na construção da
cultural popular e da identidade nacional e como a chamada Música Popular Brasileira (MPB)
ocupa um lugar analítico central. Sobretudo na década de 1960, com o advento da bossa-nova,
a MPB reconhecida em determinados circuitos culturais e empresariais, passou a denotar
inúmeros matizes estéticos e assumir tons mais politizados. Artistas, produtores e agentes
culturais fizeram da música popular um produto polissêmico, associando engajamento artístico à indústria cultural que se estruturava em plena ditadura militar, instaurada em 1964. Foi nesse contexto que a obra de Edu Lobo se formou, rompendo com o formato original da bossa-nova e inserindo suas composições no espaço da participação política e no chamamento para resistência contra a repressão militar. Para tanto, toma-se como objeto dessa análise seus primeiros álbuns produzidos entre os anos de 1963 e 1966 e como suas composições desenharam uma forma particular de “música de protesto”, em meio às demais produções “engajadas” desse período.

Publicado

2023-03-02

Como Citar

Czajka, R. (2023). “A Dor de Nosso Tempo é O Caminho”: Protesto e Participação na Canção de Edu Lobo (1963-1966). Revista Despierta, 7(07), 98–120. Recuperado de https://redelp.net/index.php/rd/article/view/1204