A CONSTRUÇÃO DO NACIONAL-POPULAR NAS REVISTAS DO MODERNISMO (1922-1929): O CASO DA REVISTA DE ANTROPOFAGIA
Palavras-chave:
PalavraModernismo; Nacional-popular.Resumo
Os anos 1920 são um momento de inflexão na sociedade brasileira, em especial 1922, data que marca inúmeros acontecimentos que estabelecem uma ruptura com o passado e propunha a afirmação da nacionalidade e a busca de uma identidade. Dentre
esses movimentos estava a semana de arte moderna, que muito além de um movimento estético de contestação dos antigos valores da sociedade colonial, transformou-se em um movimento político de questionamento do arrivismo e estrangeirismo denominado de bellé époque. O modernismo teve como um de seus espaços de divulgação de ideias inúmeras revistas que circularam por um curto espaço de tempo e com uma periodicidade pouco regular. A Revista da Antropofagia objeto de análise desse trabalho teve duas fases, em seu primeiro momento iniciando em maio de 1928 a revista teve 10 edições e na segunda contou com 16 edições, mesmo com a circulação restrita contou com a colaboração de intelectuais modernista de peso como Mario de Andrade, Oswald de Andrade, Carlos Drummond de Andrade entre tantos outros. Com poemas, letras de música, literatura e artigos, a revista era um expoente de recuperação de nossa identidade buscando no povo brasileiro, no índio, no negro escravo, nossas principais característica como enfatizado nas estrofes de Mário de Andrade em Lundú do escravo, ou em tom mais político de Oswald com Schema ao Tristão de Aayde são exemplos de como ir ao povo, buscar no povo nossas raízes culturais. Como se observa a construção do nacionalpopular tem origens no modernismo, o citado artigo de Oswald é um exemplo de como o catolicismo brasileiro teve elementos de antropofagia misturando-se com elementos populares e religiões de origem africana. A perspectiva dessa pesquisa é analisar como tais premissas de como foi convencionalmente denominado no Brasil de nacional-popular estavam presentes na Revista de Antropofogia e como se constituiu em elemento de contestação e afirmação da nacionalidade.
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