Crítica aos Zapatistas
Palavras-chave:
Charles Reeve, Zapatismo, México, Luta de Classes, Silvye Deneuve, Marc GeoggroyResumo
Nosso propósito não é o de reduzir a revolta coletiva dos proletários de Chiapas às formas organizacionais que eles se deram ou, o que ainda está por confirmar, às que foram enxertadas à luta deles. Estimamos que haja uma relação entre as duas coisas, relação esta que é preciso analisar. A tarefa dos que optam pela emancipação social deve ser sempre, tanto quanto possível, trabalhar para valorizar o que houver de autônomo em uma luta, sem deixar de criticar as organizações que se apropriam da representatividade dos que estão combatendo. Isso implica afastar-se de todo tipo de paternalismo, que por definição é não-igualitário e tende a encerrar os explorados em luta em categorias específicas, identitárias ou outras. Os que estão dispostos a aceitar pelos outros o que parece inaceitável para si mesmos não estão longe de defender o inaceitável. Em nome da tática, revisam por baixo as exigências para o futuro. Fazem-se apóstolos do realismo cedendo no essencial, colocando-se a reboque dos projetos de estado de organizações hierarquizadas.