Derrubando a estátua de Paulo Freire
Palavras-chave:
Paulo FreireResumo
Seria salutar, antes de qualquer referência a mais uma excelente obra, reiterar algumas questões de cunho crítico. Penso que a
atual predominância teórico-metodológica nas ciências humanas, marcada pela primazia do fragmento em relação à totalidade, vem
produzindo obras que não colocam em xeque as relações sociais marcadas pela opressão do homem pelo homem, por exemplo, as análises sobre o fenômeno educacional e escolar. Concomitante a isso, a fragmentação do conhecimento científico, juntamente com a
crescente especialização das ciências em geral colabora sobremaneira com a manifestação das representações dominantes e acaba
sendo um obstáculo para uma percepção crítica e libertária de nossa sociedade contribuindo com a manutenção da visão de imutabilidade das relações sociais vigentes, naturalizando-as. Essas questões são superadas na obra que analisarei, que possui, além
de uma boa análise sobre Paulo Freire, uma crítica ao seu pensamento.
Referências
FROMM, E. O Dogma de Cristo e outros ensaios sobre Religião, Psicologia e Cultura. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1965.
ILLICH, I. Sociedade sem Escolas. Petrópolis: Vozes, 1985.
JESUS, E. M. Educação e Capitalismo: para uma crítica a Paulo Freire. Rio de Janeiro: Rizoma Editorial, 2012.
ORWELL, G. 1984. São Paulo: Editora Nacional, 1984.
JO, P. La escuela como centro de adormecimento brutal y silencioso. In: El Surco, ano 2, n. 21, Santiago/Chile, nov./2010, p. 6.