O Neocolonialismo Intelectual e a Dominação Capitalista na Era da Acumulação Integral
Resumo
Após décadas de implementação de políticas neocolonialistas e de cooptação de estudantes e de setores da intelectualidade progressista, a Fundação Ford e seus asseclas conseguiram implantar o “capitalismo negro” no Brasil. Uma ironia, é claro! O movimento recente de defesa e criação de políticas e ações voltadas para o empreendedorismo afrodescendente reflete o resultado de longos anos de batalhas para criar por aqui aquilo que já era realidade nos EUA. A formação de um “empresariado negro” como forma de solapar qualquer contestação social acerca da característica racista do capitalismo e de abafar e negar toda e qualquer referência aos conflitos de classes, aliás, foram treinados para negar a existência de classes sociais, coloca esses novos agentes periféricos do capitalismo como a prova de que é possível construir uma alternativa de exploração do trabalho nessa sociedade. Os novos empreendedores são vistos como criadores de oportunidades, verdadeiros empreendedores sociais que contribuem para a inclusão social.