Florestan Fernandes e a Revolução Burguesa
Notas sobre uma Interpretação “Militante” do Brasil
Palavras-chave:
revolução burguesa, autocracia, interpretação militante e capitalismo dependente.Resumo
O presente trabalho esboça o esforço de compreensão analítico-interpretativo do sociólogo
Florestan Fernandes em sua leitura sobre a revolução burguesa no Brasil, cuja síntese sócio-histórica será
produzida a partir dos processos políticos estabelecidos pelas relações sociais desde o período do Estado
Novo no Brasil, a partir da década de 1930, com ênfase nos processos político-econômicos do regime
militar no pós-64. Para essa reflexão, Florestan utilizará como instrumental teórico fundamental o conceito
de autocracia burguesa, que expressa segundo o sociólogo, a modernização do capitalismo no país e a
condição particular de nossa realidade, na qual denominou como periférica devido ao tipo de capitalismo
aqui instalado, dependente e associado ao capital internacional. Por último, o texto enfatiza a posição de F.
Fernandes ao criticar essa posição burguesa e ao se posicionar teórica e politicamente junto à classe
trabalhadora.