Os Sindicatos
Parole chiave:
SindicatosAbstract
O que se tem dito sobre os partidos, seus dirigentes e táticas, vale também para os sindicatos. De fato, nos mostram tanto mais a típica tática de compromisso pequeno-burguês quanto que a sua própria existência representa um compromisso entre o capital e o trabalho. Os sindicatos nunca proclamaram que a eliminação do capitalismo foi sua meta e missão. Eles mesmo nunca se comprometeram de nenhuma maneira concreta para este fim. Desde o seu surgimento, os sindicatos consideram a existência do capitalismo como algo dado. Aceitando este fato, eles vêm se empenhando e se comprometendo dentro do marco da ordem econômica capitalista para lutar por melhores salários e condições de trabalho para o proletariado. Não há, portanto, ação para abolição do salariado em geral, não há empenho para o rechaço fundamental da economia capitalista, não há, enfim, luta contra o todo. Isso, dizem os sindicatos na lógica burguesa, é assunto de partidos políticos. Por conseguinte, eles se declaram apolíticos; fizeram alarde da sua neutralidade e rejeitaram qualquer dever partidário. Seu papel era o compromisso, a mediação, a cura de sintomas e a prescrição de paliativos. Desde o começo, sua atitude básica não era apenas ser apolítica, mas também a ação contrarrevolucionária. Eram reformistas, oportunistas, órgãos auxiliares do compromisso entre a burguesia e o proletariado.
Riferimenti bibliografici
.