Os Programas Informativos da Televisão e a Realidade
Mots-clés :
Programas Informativos, Televisão, RealidadeRésumé
A partir do final da década de 1920 a sociedade passou a conviver com uma coisa que foi permanentemente se desenvolvendo e chegou aos tempos atuais fazendo parte de nosso dia-a-dia e estando em constante contato com os indivíduos compartilhando o espaço domiciliar e calando-nos para ouvir atentamente àquilo que é apresentado ininterruptamente diante de nossos olhos e ouvidos, ou seja, a televisão. Os aparelhos de TV (“televisores”) foram postos à venda no final da década de 1920; antes disso não foram objetos de muita discussão (1). Como diz Isleide Fontenelle “o encanto das imagens em movimento, agora apreendidas privadamente, foi suficiente para seduzir milhares de pessoas para a frente da telinha” (2). Assim, com seu desenvolvimento vários programas com finalidades e objetivos semelhantemente comuns foram sendo criados e desenvolvidos tecnologicamente para atender a anseios específicos mas com caráter universal. Programa como os infantis, esportivos, novelas, entretenimentos, musicais, etc. Porém, entre tantos programas tem aquele que é encarado como o mais “sério”, segundo Bagdikian “de maior destaque da rede” (3), isto é, os programas de noticiários ou jornalísticos. Essa seriedade pode ser percebida na ação de grande parte dos indivíduos da sociedade, onde, ao iniciar um programa jornalístico, se não pairar um silêncio no ambiente onde se encontra a televisão, logo um indivíduo clama brutalmente por uma atenção ao noticiário. Ao embrutecer diante de tal fato, todos, porém, se calam atentos às novidades que a televisão vem trazer. Esse é um fato interessante de nossa realidade que merece ser analisado. Foi justamente a atenção que a maioria dos indivíduos dão aos programas jornalísticos da televisão que nos levou a discuti-los. Portanto, objetivamos analisá-lo tendo em vista os fatos que transmitem, por serem fatos acontecidos em nossa realidade, reproduzidos e repassados para a sociedade tal qual veio a acontecer, assegurando sua veracidade sob o suporte da neutralidade e imparcialidade.
Références
BAGDIKIAN, Bem H. O Monopólio da Mídia. São Paulo, Páginas Abertas, 1993. BOUGNOUX, Daniel. Introdução às Ciências da Comunicação. São Paulo, EDUSC, 1999. BOURDIEU, Pierre. Sobre a Televisão. Rio de janeiro, Jorge Zahar, 1997, pág, 24.
BRIGGS, Asa & BURKE, Peter. Uma História Social da Mídia. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2004. BRETON, Philippe. A Argumentação na Comunicação. Bauru, EDUSC, 2003.
DEFLEUR, Melvin L. & BALL-ROKEACH, Sandra. Teorias da Comunicação de Massa. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1993.
FONTENELLE, Isleide Arruda. O Nome da Marca: McDonald’s, Fetichismo e Cultura Descartável. São Paulo, Boitempo, 2002.
MARX, Karl. A Ideologia Alemã. São Paulo, Centauro, 2002.
MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo, Martin Claret, 2003.